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História Da Idade Média à Idade Moderna - Introdução
Professor: Renato Pellizzari
Olá! Hoje, nós vamos falar sobre o processo de transição da Idade Média para a Idade
Moderna, lembrando sempre que esses fenômenos de transição não são extremamente rígidos,
tendo vários eventos, vários fenômenos, vários acontecimentos relacionados a esse
processo de transição.
Nesse momento, lidaremos com vários acontecimentos: crise do modelo feudal, a expansão marítima,
o renascimento, a reforma protestante - tudo isso configura um processo de transição
da Idade Média para a Idade Moderna. Agora, vejamos rapitadamente algumas características
da Idade Média para que possamos entender qual a diferença entre ela e a Idade Moderna.
Primeiramente, vejamos a política da Idade Média. A Europa era fragmentada em feudos
e os Estados ainda não estavam definidos. Dentro dos feudos quem liderava eram os senhores
feudais ou o nobre.
Uma simples comparação seria considerarmos dentro de cada feudo um pequeno país. Nesse
momento, as moedas não eram unificadas, tendo cada feudo uma moeda, não havia padrões
de pesos e medidas, nem mesmo um idioma nacional. Portanto, notamos como característica da
Idade Média a descentralização política. Embora tivessem reis, não havia a centralização
de poder como se vê nos Estados nacionais modernos.
Esse processo de fragmentação aconteceu desde o fim da Idade Antiga com as invasões
bárbaras e o fim do Império Romano. Junto ao processo de fragmentação, acontece o
processo de ruralização da Europa, o que nos leva a entender que a principal atividade
praticada era a agricultura de subsistência.
As cidades deixam de existir e consequentemente, as trocas comerciais caíram em desuso, só
reaparecendo na chamada Baixa Idade Média. A agricultura de subsistência é cultivada
não pelos nobres, mas por homens pobres que não tendo terras para produzir, passam a
trabalhar nas terras dos nobres para conseguir seu sustento.
Esse grupo é o grupo dos servos ou o campesinato. Analisando tudo isso, observamos que temos
uma estrutura social que compõe a estrutura econômica, ou seja, há um feudo, onde o
nobre é dono dele e a sua relação de poder está diretamente relacionada a posse dessa
terra. Então, homens pobres trabalham nessa terra como forma de sobreviver. Se eles trabalham
em uma terra que não os pertencem, eles devem pagar impostos aos senhores feudais.
Com isso, os impostos feudais pagos pelos camponeses aos seus nobres acaba estabelecendo
um grau de relacionamento entre eles, configurando uma estrutura social em que a mobilidade é
raríssima. No topo da sociedade está o clero, logo abaixo a nobreza (também chamada de
aristocracia) e por fim, a maior parte dessa estrutura social, o campesinato.
Portanto, esse último grupo social por não possuir terra própria, trabalha nas terras
pertencentes a aristocracia e pagam impostos para que possam utilizar a terra (talha, covéia,
banalidades são exemplos desses impostos). É importante ressaltar que os impostos feudais
são importantes para manter a própria estrutura do feudalismo.
Cada estrutura social possui uma função: O campesinato é o trabalho.
Os nobres são responsáveis pela defesa do território.
O clero é responsável pelo contato do cidadão com Deus e isso é muito importante, uma vez que a sociedade
da Idade Média é extremamente teocêntrica ( Deus é o centro de todas as questões).
Então, se tudo provém de Deus e o clero é responsável pelo contato com Deus, é
cosiderado o grupo mais importante da sociedade. Podemos falar também de uma concepção política
que é o poder ideológico exercido pela Igreja Católica.