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Desta vez temos que dar certo.
E não estou falando de regular os bancos e taxar os ricos
embora isso seja importante.
Estamos falando de mudar os valores que governam nossa sociedade.
Essa mudança é difícil
de encaixar numa única reivindicação digerível para a mídia.
Mas ela não é menos urgente por ser difícil.
É isso o que vejo acontecendo nesta praça.
Na forma em que vocês se alimentam uns aos outros,
se aquecem uns aos outros,
e fornecem assistência médica.
aulas de meditação para manter-se sano.
O que? Você não gosta de meditação?
O meu cartaz favorito aqui
é o que diz “eu me importo com você”.
Numa cultura que treina as pessoas para que evitem o olhar das outras,
que nos treina para dizer “deixe que morram”
esse cartaz é uma afirmação profundamente radical.
Nessa grande luta que fazemos parte,
eis aqui algumas coisas que não importam:
como nós nos vestimos,
se apertamos as mãos ou fazemos sinais de paz,
se podemos encaixar nossos sonhos de um mundo melhor
numa manchete da mídia.
E eis aqui algumas coisas que, sim, importam:
Nossa coragem.
Nossa bússola moral.
Como tratamos uns aos outros.
Estamos encarando uma luta contra as forças econômicas e políticas mais poderosas do planeta.
Isso pode ser um pouco assustador.
E na medida em que este movimento crescer, de força em força, ficará mais assustador.
Estejam sempre conscientes de que haverá a tentação
de adotar alvos menores – como, digamos, a pessoa sentada ao seu lado.
Afinal de contas, essa será uma batalha mais fácil de ser vencida.
Não estou dizendo que vocês não devam apontar quando o outro fizer algo errado.
Mas estou dizendo
vamos nos tratar uns aos outros como pessoas que planejam trabalhar lado a lado
por muitos e muitos anos.
Porque a tarefa que se apresenta para nós exige nada menos que isso.
Vamos tratar este movimento lindo
como a coisa mais importante do mundo.
Porque ela é.
Obrigada.