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Hi everybody from Brazil! André Sampaio,
thank you very much for the invitation. Well, I’m here with Steve Fister
- E ai, Steve? - E aí? Oi André!
We are actually doing this interview for some american and european websites too.
So I apologize for that. I’m from Brazil, São Paulo, from the countryside.
Then, I’ll have to make this interview in English because I’m in the US and Steve is American and so is Philip Byone.
So, in order to ease the interaction between us.
I’ll talk about the CD and for him to respond and we don’t have a lot of time,
so it’s going to be easier to go through one question to another with us both and with Philip too.
I apologize, and probably this video will get subtitles to go to Brazil, even though I’m from Brazil.
We only have today to film this video here and send it to Europe,
so I wouldn’t have time to translate and being interviewed too, ‘cause I’m also part of this project. Ok?
So thank you very much, everybody and I hope you enjoy it!
Então é isso! Esse é o CD e eu estou aqui na casa do Steve e eu estou feliz.
Eu faço parte desse projeto por muito tempo, Steve e eu somos grandes amigos
e dividimos coisas em comum nos aspectos musicais.
E entre todas as outras coisas, a gente divide o amor pelo rock ‘n roll
e todas as ideias do rock ‘n roll, por blues, por jazz, enfim.
Mesmo com um novo CD saindo logo, este é o CD do qual nós vamos falar e o qual nós já nos apresentamos,
nós estivemos no Java Rockin’land, na Indonesia que é um ótimo lugar, nós gostamos muito.
Um festival incrível.
Sim Mr. Big no ano passado. Smashing Pumpkins esse ano. Foi um prazer estar lá.
Sim, Mr. Big. O Mr. Big tava lá, né? Mr. Big no ano passado. Smashing Pumpkins esse ano.
E eu tive a chance de co-produzir esse CD, foi um prazer meu,
ele realmente confiou nas minhas percepções musicais, do mesmo jeito que nós confiamos no Philip Byone também.
Então, nós queremos dividir com vocês o que está perdido no mundo hoje em dia,
fazer da música o que ela é, pela música.
As pessoas estão perdendo o aspecto de ser um compositor,
um intérprete e a também tocar em grupo, como um time.
. Hoje em dia, muitas pessoas estão focadas apenas em suas próprias “porcarias”
Hoje em dia, muitas pessoas estão focadas apenas em suas próprias “porcarias”
e esquecem qual o ponto principal que é fazer música apenas pela música.
e esquecem qual o ponto principal que é fazer música apenas pela música.
Sim, é questão de reunir pessoas reais e tocar.
Você cria um conceito na tua casa, no teu estúdio, no teu quarto, em qualquer lugar.
A idéia e trazer vida a esse conceito e reunir músicos que
ajudem a impulsionar essa idéia.
Você tem uma idéia e não quer que alguém a mude totalmente,
então você planta tua idéia e deixa uma outra pessoa agregar sua própria personalidade nessa idéia.
O que nós temos nesse trio são três personalidades bem diferentes,
com uma gama enorme de interesses musicais.
Nós temos, desde as raízes brasileiras do Sandro até essa minha coisa de rock ‘n roll velha guarda
e o Philip que, pode tocar praticamente tudo.
Todos nós temos nossa própria sensibilidade pra contribuir.
Mas nós tentamos manter o conceito principal e eu acho que é por isso que
algumas pessoas e nós mesmos nos referimos a música como um tipo de blues fusion.
As pessoas pensam em fusion e pensam:
“Ai, meu Deus, são muitas notas. Um monte de coisas malucas.”
Fusion como um estilo próprio, como uma fusão de coisas.
Como uma fusão de comida.
Quando eles juntam conceitos diferentes. É mais ou menos a maneira que olhamos pra isso.
Bom, eu aproveito as minhas fortes influências de blues
e nós tentamos explorar vários aspectos diferentes da música.
Nós meio que colocamos num pote, mexemos e é isso que nós encontramos.
Sim, eu acho que nós vamos ter alguma coisa no site do André, que é o www.guitarexperience.com
Você encontrará os créditos aparecendo no video.
E o legal é que muita coisa sai das idéias do Steve ou em alguma coisa em que estamos trabalhando
e outras no estúdio dele e isso se torna uma música.
Pode ser desse jeito ou pode ser uma música que ele já tem como por exemplo,
nós gostamos muito da “What can I do”, que é a primeira faixa desse álbum.
Nós todos achamos que é um sucesso, mesmo que hoje em dia as pessoas não comprem um álbum inteiro,
tipo no iTunes, que você compra uma música por vez. Mas essa é uma ótima música.
Nós todos pensamos em quão pop ou rock ou blues ou essa coisa de composição e interpretação surgiu,
e ele surgiu com uma percurssão gravada e programada anteriormente e as melodias também e eu ajudei a moldar o restante,
mas ele tinha praticamente mais da metade da música já feita e eu meio que copiei muitos das perpectivas de bateria dele,
mesmo quando ele disse pra eu colocar minha própria visão.
E uma coisa boa é que ele confia em mim, mas a conclusão, cara, é que o que é bom é bom.
Eu não tenho que fazer alguma coisa, só porque eu sou o baterista.
A composição é boa e quando é boa,
eu acho que você tem que respeitar o processo criativo que já foi criado.
Sabe, sempre tem uma situação onde você sente que tem que contribuir,
mesmo se isso seja errado, mesmo que seja por causa do ego ou por querer que algo tenha sua assinatura.
Tem uma coisa fantástica, se eu tiver um conceito específico, e isso que é legal,
você tem um conceito e você confia nas pessoas pra acrescentar algo a esse conceito,
não mudá-lo, mas construir junto e fazê-lo melhor e isso que é coerente quando você toca neste trio,
é isso que realmente funciona.
O que eu realmente gostei em gravar aquela música em particular
particular é que nós usamos high strung guitar e uma guitarra elétrica de 12 cordas.
E eu aprendi a tocar high strung guitar quando morei em Nashville por um tempo.
E lá em Nashville, há muitos guitarristas excelentes.
O que eles fazem é basicamente pegar uma guitarra de 12 cordas
e tiram as cordas graves, e é como se fosse ao contrário.
Então quando você toca umas mais altas, você meio que consegue
harmonizar o som que soa melhor na faixa do que uma 12 cordas,
as vezes uma 12 cordas pode esmagar a faixa.
Mas há algo reluzente lá e é isso que coloca uma atmosfera muito boa na faixa “What can I do?”
E claro que colocamos um pouco de 12 cordas,
mas claro não esqueça do solo de guitarra, você tem que ter um solo de guitarra!
Claro! Ele é o cara da guitarra!
Sim, nós não usamos teclados, afinal de contas.
Nós amamos os tecladistas, mas sabe como é, nós estávamos aqui pra fazer um álbum
de guitarra e tentar utilizar a guitarra de maneiras diferentes, não da maneira típica que todo mundo usa.
Usamos enfoques diferentes, high string guitar, dobro, slide, diferentes texturas.
O que eu também gosto muito no Steve, é que ele como eu, qualquer música que eu toco,
não importa onde esteja, eu sempre dou 110% de mim, não importa o que, pode ser um show de 10 dólares
ou um show 50 mil dólares, pra 1 pessoa ou pra 100 mil pessoas, não importa.
Claro que quanto mais gente aplaudindo você, compreendendo suas idéias,
você vai se sentir melhor, sem dúvidas.
Mas é dessa maneira que eu toco, toco da melhor maneira possível porque eu sei que o que soa bom pra mim,
provavelmente vai soar bom pros outros membros da manda, pro público e todo mundo se beneficia com isso.
E o Steve nunca toca pouco, ele sempre está lá, tocando muito.
Sempre toca no volume 11
E é uma alegria fazer desse jeito e é muito raro hoje em dia.
Todo mundo está preocupado em como o clube vai se sair, como o público vai se sentir,
o que as gravadoras estão pensando, eu estou sentindo isso, eu não estou sentindo aquilo.
Eu não estou dizendo que todo mundo deve fazer as coisas de um jeito maluco, claro.
Você tem que respeitar alguns limites do ambiente,
mas se você não tiver confiança em você mesmo, nada de bom vai sair.
Sempre que nós vamos tocar em algum show,
você não pode negar a paixão, você tem que se preocupar com o que você faz.
Se você não se preocupar com o que faz, não importa o que seja, você se perde.
Felizmente, nós podemos viver de música, alguns anos são ótimos, outros nem tanto,
mas você tem que realmente se preocupar com o que você faz,
você não pode deixar algumas circunstâncias ditarem a maneira com que você vai tocar.
Outra coisa importante é que quando você toca o que você sente e o que você realmente quer, o púbico sabe.
Sejam eles guitarristas, bateristas, baixistas, qualquer um, até teu vizinho.
E a música sempre ganha.
Se você proporcionar uma boa apresentação, eles vão gostar do que você faz e vão ter uma sensação boa.
É sobre isso que estamos falando, é sobre emoção e sentimento.
Nós estamos tentando expressar esse tipo de pensamento.
E as pessoas acabam vindo pra ver a banda.
E as pessoas acabam vindo pra ver a banda.
Minha sorte é que ele gosta muito de bateria e ele gosta de bateria alta.
- Eu gosto de bateria! - Eu posso tocar da maneira que a bateria tem que ser tocada.
E toda vez que a gente toca, ele já conhece minha bateria
E toda vez que a gente toca, ele já conhece o jeito que toco, gosta de como a caixa soa
e ele gosta do jeito que eu toco, assim como eu adoro suas semi acústicas, suas guitarras sólidas como esta Carvin.
Nós perguntamos as coisas um pro outro e trocamos idéias.
Não é porque eu sou o baterista que eu vou ditar a maneira que nós temos que fazer algo,
Não é porque eu sou o baterista que eu vou ditar a maneira que nós temos que fazer algo,
mas mesmo que se eu quisesse, não haveria problema.
Mas eu gosto de ouvir uma outra perspectiva, nós podemos manter idéias novas.
A mesma coisa com ele, ele me pergunta: “Você acha que eu uso a guitarra?”
ou “O que você acha da minha idéia?” e aí eu digo que encaixa muito bem.
E eu percebi que o truque dessa banda é que nós pensamos muito sobre as coisas
antes de fazer qualquer coisa, mesmo que pareça simples.
É esse o conceito.
Ter um conceito pra desenhar.
E a gente se pergunta se estamos sendo honestos conosco e como as coisas vão ser apresentadas,
porque aí não vamos pra uma direção errada.
Bom, como a gente consegue o resultado de um processo de gravação?
Eu estou aqui no meu próprio estúdio em Burbank, California.
Normalmente eu trabalho num mix ou em alguma idéia, e eu acabo mandando pro Sandro.
Eu faço um mp3 e envio pra ele.
Então a gente se encontra e começa a conversar sobre isso.
Nós mexemos na música de acordo com o que vamos trabalhando.
Nós não gravamos um monte de coisa antes.
Nós tentamos fazer soar bem desde a concepção da peça.
Então nós falamos sobre os plug-ins, em como nós queremos que a caixa soe, em como colocar coisas no mix,
então nós temos uma boa idéia do que fazer.
E é claro que nós sempre acabamos indo embora com cópias do CD,
aí podemos ouvir no carro e ter uma idéia de como nós queremos que tudo saia.
Sim, do ponto de vista da banda, esse é o aspecto de colaboração de como tudo acontece.
Nós queremos manter essa coerência e não só apenas a visão de uma pessoa.
Quando pensamos em mixar e fazer tudo isso e você está cercado por talentos,
você quer ouvir a opinão das outras pessoas e isso só faz com o projeto fique ainda melhor.
E, assim, não há apenas uma maneira.
Se eu tiver uma idéia e isso começa a ficar mais claro,
eu chamo o Sandro e nós pensamos no melhor conceito pra isso.
E nós vamos usar a bateria apropriada, vamos falar sobre microfones,
que tipo de sistema de som vamos querer e mais vários outros aspectos de engenharia.
E depois que decidimos sobre os instrumentos, o que é mais apropriado pra música,
aí nós acabamos tendo um take. E então eu começo a trabalhar daí.
Nós escolhemos algumas guitarras, tipo, “ah, talvez uma Les Paul seja melhor”
ou “ talvez esta outra soe melhor”, “ bom, deixa eu tentar isso” ou “que tal essa cominação de amplificadores?”.
Então nós continuamos daí, e não há muitas tentativas,
porque nós já temos o conceito antes de colocar as coisas no computador.
Isso é o que geralmente fazemos.
Nós experimentamos técnicas diferentes o tempo todo,
mas nós tentamos primeiro ter o conceito do que é correto pra idéia e vibração da música.
Essa é mais ou menos a maneira com que nós abordamos a produção de um álbum.
Ok, sobre a música “Bad Is As Good As it Gets”, do último álbum,
nós a abordamos de maneira bem diferente.
nós a abordamos de maneira bem diferente.
Eu tive uma idéia pra essa música, tocar fiél dobro, usando algumas afinações abertas.
E aí, começamos a tocar versões diferentes dessa música,
com um conteúdo lírico diferente em alguns dos nossos shows aqui nas proximidades da Califórnia.
E aí eu pensei que isso estava se tornando uma coisa muito legal,
então pensei em fazer uma música mais adequada e gravá-la.
então pensei em fazer uma música mais adequada e gravá-la.
O Philip tocou contrabaixo, e ficou excepcional.
O Sandro estava tocando com um kit de bateria menor com vasourinhas que acabou dando vida à música.
Então, testando estas coisas, nós pudemos ter uma idéia de como as coisas seriam.
Então, testando esses clips, nós pudemos ter uma idéia de como as coisas seriam.
Se pensarmos em letra de música, eu não me preocupo muito em discutir política,
quando estou escrevendo, mas o foco do país está aqui, nos Estados Unidos, nesse momento.
E eu tenho certeza que pro resto do mundo também. E está tudo uma bagunça.
Então eu pensei, “bad is as good as it gets”.
Então eu pensei, “bad is as good as it gets”.
Nós somos pessoas relativamente otimistas, nós queremos ser feliz,
Nós somos pessoas relativamente otimistas, nós queremos ser feliz,
nós queremos tocar músicas alegres.
Então “bad is as good as it gets é um pouco irônica.
Porque toda vez que você percebe,
o governo está com a mão no teu bolso ou nós não podemos ir aos médicos que nós queremos,
nós achamos que nossos representantes no congresso não são muito respeitosos.
meio que um passo pra frente e dois pra trás.
Então é tudo um pouco irônico,
meio que um passo pra frente e dois pra trás.
meio que um passo pra frente e dois pra trás.
Mas nós continuamos a lutar e queremos tocar músicas alegres e ver as pessoas felizes.
Quando estamos tocando, as pessoas podem sentir nossa vibração.
Essa foi a idéia, essa foi a origem da música.
Nós queríamos fazer uma declaração positiva, mesmo que o título da música não reflita isso, é isso que queremos dizer.
Bom, de qualquer maneira, nós acabamos gravando a música.
Eu usei meu fiel Dobro, que tem um corpo de cobre e tem um monte de modificações pra eu poder tocar ao vivo.
Embaixo, há um fishman, feita especialmente para a Dobro.
E eu tenho um captador aqui, que é um captador de guitarra de jazz,
E eu tenho um captador aqui, que é um captador de guitarra de jazz, é um captador Seymour Duncan Johnny Smith.
é um captador Seymour Duncan Johnny Smith.
Mas nós não o escolhemos por causa de um som de jazz específico,
Mas nós não o escolhemos por causa de um som de jazz específico,
Mas nós não o escolhemos por causa de um som de jazz específico,
nós escolhemos porque cabe entre as cordas, é essa a história verdadeira!
E eu falei pro meu luthier aqui em Los Angeles, que eu queria fazer isso e ele acabou fazendo um par de furos,
um controle volume pro captador da frente e um controle pro amplificador que há por baixo.
Então foi isso, ele fez umas perfurações e uma outras coisas, pra que eu pudesse tocá-la ao vivo.
E está sendo ótimo, não é um Dobro super caro
mas o som é muito bom e eu já gravei com ela várias vezes.
E eu uso cordas de guitarra elétrica, eu não uso cordas de guitarra acústica nela, porque dá um bom som.
Deixa eu pegar um slide pra mostrar pra vocês.
Então, o que nós fazemos quando nós gravamos a música foi plugar em um amplificador com som bem limpo,
coloquei dois captadores e um microfone, ao mesmo tempo
Então, nós temos um pouco de som acústico e eu tive mais flexibilidade na mixagem.
Como a gente fez isso?
Basicamente, nós queríamos que parecesse que estávamos todos tocando juntos,
mas nós, na verdade, não estávamos.
O Sandro e eu acabamos aditando a faixa juntos, ao mesmo tempo
e o Philip veio com o contrabaixo, o que deu um som de baixo muito bom.
Isso ao invés de fazermos tudo de uma vez só.
Aqui em LA, e eu acredito que em todo lugar, nós todos temos nossos próprios estúdios
e nós temos o espaço, , mas temos que pensar em um monte de coisas, em como vamos gravar.
Nós não temos muitas cabines de isolamento.
Mas o Philip chegou depois, concentrado em acertar o som do contrabaixo.
E ele acertou de primeira.
Ele toca excepcionalmente e foi inspirador a maneira com que ele “colocou a cereja no bolo” nessa faixa,
ficou muito bom.
E assim foi mais ou menos a maneira que nós editamos a faixa.