- Medidas proactivas modestas podem evitar a necessidade
de medidas mais drásticas no futuro.
- Acham que vos foram ensinadas coisas como intervalos de confiança
num curso de estatística elementar que vos permitiria fazer isto;
mas se realmente estudaram afincadamente,
saberiam que eles não vos deixam fazer isso.
Um frequentista de princípio não pode produzir uma distribuição de probabilidade ...
- A conclusão que queremos salientar quando pensamos em avaliação
é o facto de os meios serem escassos. Eu aludi a isso já que,
como seres finitos, não podemos querer que os nossos fins sejam atingidos.
- Uma descrição estatística do superavit da rede de interesses do governo.
- ...deflação, acho que a produção poderá cair para, digamos, menos de 1%
nos próximos 10 anos e menos de 2% daqui a 30 anos ...
- ...o que seria uma efectiva apropriação da política monetária pelo Congresso. - Oh, Olá!
Assustador, certo? Pode até fazer-nos sentir estúpidos.
Talvez não seja de admirar, então,
que, mesmo com as falhas económicas em curso em todo o mundo:
desigualdade, pobreza crescente, o colapso da dívida,
falências de bancos, aumento do desemprego,
muito poucos hoje parecem ser capazes de entender,
muito menos discutir, a economia moderna,
excepto, é claro, do jogo de delegação
onde as únicas tentativas de solução conhecidas
são a mera dança das cadeiras no convés do Titanic,
assumindo que qualquer político novo, política do banco central ou legislação empresarial
vai resolver os problemas.
Há alguns anos, depois de chegar à conclusão de que os nossos políticos,
legisladores e autoridades estabelecidas
só podiam ser comprovadamente incompetentes
quando se trata da gestão verdadeiramente inteligente de nossa sociedade,
comecei a procurar perguntas e respostas por mim,
fazendo essas perguntas sobre coisas
que, hoje, muitos parecem ter por certas, ignorar ou, pior ainda,
assumir não ter capacidade ou ser da sua conta investigar de todo,
já que as autoridades qualificadas no poder
devem ser mais inteligentes, mais informadas.
É um triste cliché da cultura moderna, sabem,
o velho "Relaxe, ligue a televisão, endivide-se,
e já agora faça um monte de filhos",
mas, mais importante ainda, continuem a comparecer nesses empregos
a que vocês, provavelmente, já se convenceram a acreditar
que servem algum papel social legítimo.
Lembrem-se, os 1% que detêm 40% da riqueza do planeta
não ficaram assim com vocês a compreender como o mundo realmente funciona.
No entanto, pondo o cinismo de lado (desculpem),
eu decidi que precisava de começar de novo,
por assim dizer, e fazer algumas perguntas fundamentais
sobre coisas que a maioria simplesmente apagou e esqueceu.
Se se fizesse um inquérito hoje à nossa espécie, perguntando quais são realmente
as questões fundamentais a respeito da sobrevivência e prosperidade humana,
como, sei lá, o que realmente sustenta a vida humana, como crescem os alimentos,
o que é energia, o que cria e reforça a saúde pública,
o que define um sistema de crenças útil ou prejudicial,
podem ter a certeza de que a grande maioria teria respostas mais concretas
sobre estatísticas de basebol, tendências de moda,
enredos de telenovelas e escrituras religiosas.
Não menosprezando os prazeres culturais e criatividade de expressão
que criam prazer nesta vida,
mas temos uma distorção de prioridades que se tem mostrado incrivelmente prejudicial
para o futuro da nossa sustentabilidade neste planeta,
onde a maioria que, enfrenta claros problemas crescentes
não só não entende o que está na raiz de tais problemas,
como nem sabe o que perguntar;
e hoje, não há ignorância mais destrutiva à disposição,
do que o muito enganador conceito conhecido como economia moderna.
É neste contexto fundamental que eu encontrei o maior interesse.
O que é uma economia?
De onde vem a sua premissa fundamental?
A que nos referimos exactamente?
Como está a organização social a encontrar um ponto de referência para si?
Existirá um ponto de referência? O que estamos a fazer?
Porque parece a discussão deste tema tão elitista
no seu vocabulário e orientação? Será assim tão complicado?
Fiquei tão cansado de ser chamado de ignorante na matéria
por auto-proclamados especialistas que tenho desafiado,
que decidi tomar a meu cargo ler todo o
currículo de macro-economia da Universidade de Harvard
do estudante universitário até ao doutoramento,
juntamente com todos os grandes marcos de influência: F. A. Hayek, John Maynard Keynes,
Ludwig von Mises, e vou dizer-vos uma coisa, estou realmente feliz por tê-lo feito
porque eu tinha algumas más opiniões que precisavam de correcção,
não tanto quanto aos meus pontos de vista sobre a economia,
mas que a vida é curta, e eu perdi uma enorme
e imperdoável quantidade de tempo lendo este palavreado
desactualizado e excessivamente intelectualizado.
[Vidro partindo] Ah, merda!
Bob, tratas disso por favor? O quadro de fusíveis.
Tem cuidado homem , não é ... [Explosão] [Bob gritando]
Como o seguinte episódio vai analisar em detalhe,
a economia moderna não é de todo economia verdadeira.
É uma mera filosofia ideológica,
construída sobre uma série de pressupostos
a que foi dada a ilusão de estabilidade.
Não há absolutamente nenhuma relação com a integridade científica
do nosso conhecimento sobre o ambiente incluído neste modelo.
O sistema de crença religiosa que é o mercado monetário
está no centro da vasta maioria dos desequilíbrios ecológicos e sociais
que vemos no mundo de hoje.
Infelizmente, é considerado normal, por isso muitos nem ligam.
Poderíamos começar a ver que essa noção e práctica principal
é realmente um problema na sociedade, e para mim,
é o núcleo de uma cultura em declínio.
Do criador da trilogia de filmes Zeitgeist
chega o pior reality show de todos os tempos
o verdadeiro
GMP Films apresenta
Cultura em Declínio
com o vosso guia, Peter Joseph.
Terra: curiosa bolhinha de rocha, gás e água, não é?
É difícil de acreditar que esta pequena bolha de elementos químicos flutuando no espaço,
basicamente movida a energia solar, tenha dado origem à nossa colorida,
mas bastante preocupante espécie de super-macaco,
uma espécie que, por vezes, parece muito determinada a destruir o seu habitat,
embora se deva dizer muito determinada a auto-destruir-se.
- O que é a democracia?
- Tem algo a ver com jovens a matar-se uns aos outros, creio eu.
- Desculpa-me um segundo. Bob, o que diabo foi isso?
A montagem, não foi engraçada. Foi apenas deprimente.
Não podias ter encontrado um tipo a disparar um foguete pelo rabo ou algo assim?
Conheces o nosso público e o objectivo do programa, certo?
Ok, bem, por favor.
Enfim, talvez a nossa imaturidade seja apenas uma fase,
um ritual de passagem tragicómico,
semelhante à das crianças que têm necessidade de se queimar
num fogão quente, a fim de perceber que não se lhe deve tocar,
ou seja qual for a explicação física por detrás disso.
No entanto, a história e as características deste pequeno globo
podem ser descritas cientificamente com uma boa dose de precisão:
Já com um par de biliões de anos de idade, um composto de gás e poeira
que resultou principalmente de uma grande reacção química
há muito tempo, provavelmente a explosão de uma estrela ou supernova;
e em milhões de anos esta poeira agrupou-se em pedaços relativamente grandes de rocha,
um acentuado campo gravitacional formou-se,
os nossos elementos químicos foram lentamente reorganizados,
e foram criadas condições para o aparecimento de água e de uma atmosfera,
que foi o que gerou os primeiros organismos unicelulares;
e assim foi o lento processo de mutação
até à muito divertida realidade que temos hoje: nós.
É claro que são livres de acreditar em qualquer história da criação de que gostem:
uma costela de Adão, polinização cruzada extraterrestre, sopa primordial.
No fim de contas, a utilidade de tal conhecimento é muito pequena.
Na verdade, os nossos pequenos cérebros de macaco
poderão nunca ter uma visão completa de algo tão complexo.
No entanto, o que nós sabemos é que o universo é governado por leis,
não as leis morais ou religiosas, mas as leis que já cá estavam
muito antes de desenvolvermos um cérebro para as entender.
Leis que muito claramente salientam que, ou nos adaptamos a elas
e as respeitamos, ou sofremos as consequências.
Essa é a verdadeira face de Deus: as Leis da Natureza.
Em muitos aspectos, a história do nosso universo
é a história da nossa compreensão dele,
e percorremos um longo caminho como espécie
em relação à forma como organizamos a nossa vida em torno destas regras.
Provavelmente, o melhor exemplo desta adaptação,
ou em muitos aspectos da falta dela, é a forma como pensamos sobre economia,
a base da nossa sobrevivência social.
Há muitos milhares de anos atrás, os nossos irmãos super-macacos
começaram a descobrir como interagir com a natureza.
Passámos de completamente à mercê do habitat,
reunindo a nossa comida através da caça,
vivendo e migrando em função da regeneração natural sazonal,
para uma revolução agrícola, aprendendo a cultivar alimentos,
a criar ferramentas cada vez [mais] sofisticadas para facilitar o trabalho
e, com efeito, a imitar a própria natureza.
Na verdade, esta nova consciência e crescente compreensão
de como aproveitar os processos da natureza a nosso favor
é o que tem levado à vasta inovação tecnológica que vemos hoje.
Se a natureza faz alguma coisa, é provável que possamos entender como,
através destes princípios científicos dinâmicos, desde a inteligência artificial de hoje,
que trabalha para replicar processos neurológicos reais,
até à engenharia molecular que utiliza a lógica atómica
para recriar manualmente objectos materiais.
E agora, as importantes drogas para a disfunção eréctil que gerem o fluxo do sangue,
as quais, se têm visto televisão recentemente,
devem representar a crise de saúde mais epidémica no mundo ocidental de hoje.
Com esta revolução, a sociedade humana tornou-se menos nómada,
lentamente agrupando-se em cidades,
e surgiram sistemas de especialização laboral
juntamente com meios de intercâmbio. A troca directa é um exemplo comum.
Precisa de ovos? Talvez dando alguma lenha que tenha cortado
em troca pelo trabalho do produtor agrícola.
No entanto, tais práticas tornaram-se difíceis e pouco eficazes passado algum tempo;
então a ideia de usar algumas rochas raras e bonitas,
como o ouro e a prata, como meio de troca, facilitou estas transacções
através de um sistema de apreçar bens em termos de seu valor relativo.
Isso deu origem ao que conhecemos hoje como o sistema de preços ajustável
que, através de padrões agregados de troca e de produção públicos,
cria uma lógica grosseira, ainda que semi-viável
onde os preços dos produtos reflectem o equilíbrio entre a oferta e a procura
também conhecido como o mercado ou o valor de mercado. Deixem-me explicar.
Quando passeia no centro comercial e compra o iPoop 4G da 85ª geração
com mp3, saco de colostomia, câmara, telefone e máquina de fazer waffles
está a gerar informação de referência económica usada para calcular a procura,
as preferências locais e regionais e outros dados dela resultantes,
em conjunto com milhões de outros consumidores impulsivos
que tendo, provavelmente, comprado também a 84ª geração
apenas dois meses antes pelo dobro do preço,
cria um fluxo combinado de entrada de dados e feedback
que permite uma ostensiva regulação racional da alocação de recursos,
produção, distribuição, mão-de-obra necessária e, claro,
consensos de preço no mercado com base na percepção da oferta e da procura,
para não mencionar os dados gerais de como a equipa de marketing
pode lixar-vos ainda mais, posteriormente.
Este mecanismo é, em parte, aquele a que o
sumo sacerdote supremo da nossa religião económica actual,
Adam Smith, se referia
com a sua noção da causalidade no mercado livre designada "mão invisível" .
E, em muitos aspectos, ele tinha alguma razão.
Realmente funciona num contexto limitado e de forma grosseira.
De facto, nos anos 20, um economista chamado Ludwig von Mises apresentou
a reivindicação, ainda de grande relevo, de que sem o mecanismo de preços,
o cálculo económico, a alocação racional de recursos
e a organização geral seriam impossíveis.
Ele apelidou-o de "O Problema do Cálculo Económico".
Contudo, as coisas hoje são muito diferentes do que eram há 200 anos
quando Adam Smith publicou o seu 'A Riqueza das Nações'
ou quando Ludwig von Mises fez a sua crítica ao planeamento central.
O facto é que a discussão mudou. O debate económico actual é
o que é realmente sustentável e progressivo para a espécie humana,
não para a mera mecânica do movimento do dinheiro.
Embora seja verdade que o sistema de preços possa permitir
que o cálculo básico de dados de oferta e procura,
ajude na alocação racional de trabalho, de preferências, de distribuição e outros,
ele ignora os verdadeiros factores operacionais
que se relacionam com a verdadeira gestão eficiente da Terra
e daí, a verdadeira definição de economia
que é: eficiência optimizada a todos os níveis.
Por exemplo, não há consideração pela alocação eficaz de recursos
baseada no objectivo mais eficiente do material.
A alocação racional de recursos não é racional
se, cientificamente, a utilização mais comum desses materiais naturais,
não for, directamente, considerada e comparada. [REJEITADO]
Não há consideração pela eficiência organizacional
da própria produção técnica, e tudo o que tem de se fazer é
analisar a máquina de desperdício da globalização para ver esta loucura a funcionar.
Também não se consideram as necessidades de regeneração ou protocolos de reciclagem,
um requisito essencial para a utilização responsável e racional dos recursos
num planeta finito.
Nem há uma verdadeira eficiência na produção ou distribuição,
em sentido científico optimizado algum,
pois tal meio é, como será descrito mais à frente,
também contrário à lógica inerente ao próprio sistema de mercado.
Estes, juntamente com muitos outros importantes parâmetros
necessários a uma economia realmente eficiente, são apenas ignorados ou, pior ainda,
assumidos como inerentes ao funcionamento do mecanismo de preços,
quando claramente, não o são.
Sabem, o conceito de eficácia do mecanismo de preços
traduz a interacção da massa subjectiva dos consumidores
nas estimativas limitadas da procura regional, produção e distribuição.
Não tem nada a ver com o como ou o porquê dos métodos da indústria serem como são.
Tais factores são deixados ao capricho dos produtores
visando apenas fins lucrativos, completamente dissociados
da regulação natural dos princípios científicos da sustentabilidade.
Eh, meu!
Sabem, no núcleo de 'O Problema do Cálculo Económico "
existe realmente o argumento de que somos completamente irracionais,
de que não conseguimos organizar-nos de uma forma estruturalmente eficiente;
somos, essencialmente, demasiado doidos.
Portanto, tem de haver uma anarquia económica geral
para organizar a nossa sociedade e não há volta a dar.
(*Tretas!*)
Mais uma vez, a actualidade é muito diferente do que era antes, e uma rápida revisão
à programação informática moderna e à engenharia de sistemas
dir-nos-á que não só a inteligência algorítmica
da nossa tecnologia sensorial e de aferição actual,
juntamente com cálculo informático sinérgico,
pode orientar todos os factores existentes, anteriormente tidos em conta,
pelo mecanismo de preços como o conhecemos,
como os factores verdadeiramente relevantes que ainda faltam para a máxima eficiência
e sustentabilidade poderiam ser equacionados.
Isto seria a realização de um verdadeiro cálculo económico para a indústria,
e não os dados grosseiramente truncados apenas pelo preço.
Então, de regresso à nossa casa, a Terra,
o que é na verdade esta coisa? É um sistema,
um sistema de leis simbióticas.
No centro de todos os princípios de sustentabilidade
está o reconhecimento do maior sistema de ordem que existe, como referência.
O mecanismo de preço por outro ... (zás, trás, pás)
Bob, o que foi isso?
Jesus Cristo, Louie!
Bob, por que não me disseste que o Louie já cá estava?
Senhoras e senhores, temos um convidado especial aqui no Cultura em Declínio,
o nosso guru local de lógica, Louie-o-Gremlin-da-Lógica.
Louie é severamente impaciente com qualquer coisa ilógica, e ele trabalha para ...
OK. Bob, tens que colocar o raio do Demo-Publicano de volta na sua gaiola
ou o Louie passa-se ... Oh, merda! Desliga a câmara!
(Dificuldades técnicas, por favor aguarde)
Desculpem, senhoras e senhores. Como eu mencionei,
o Louie fica um pouco frustrado quando se trata de coisas ilógicas
e o Demo-Publicano é, para ele, uma espécie de inimigo mortal.
De qualquer forma, Louie, uma vez que te temos aqui, quero fazer-te algumas perguntas.
Será o mercado livre, realmente,
uma boa base para a sustentabilidade da espécie humana?
Claro que não!
O modelo de mercado-livre não possui nenhuma base lógica nos dias de hoje,
já que o seu quadro de referência é dissociado
da percepção regulamentada da ciência física.
A premissa é ultrapassada e perigosa.
Bem, o que dizer dos desejos infinitos e das necessidades humanas?
Como se calcula tal complexidade?
Os desejos infinitos e a ideia de que os humanos são tão complexos ou incompatíveis
com uma economia planeada e ecoeficiente é sobretudo propaganda e ilusão.
Análises históricas ao comportamento humano colectivo mostram forte adaptabilidade
e se não fossem tão manipulados pela publicidade; vivendo num modelo de consumo
e crescimento económico, as vossas necessidades e desejos seriam diferentes.
Os vossos valores estão simplesmente distorcidos.
A humanidade deve basear os seus "desejos" nos princípios científicos de sustentabilidade.
Um verdadeiro cálculo económico também revelaria
como uma abundância na terra para todas as necessidades humanas é hoje possível.
A razão para o vosso mundo ter 3 biliões de pessoas que passam fome e privações
é o resultado do cálculo monetário - não do cálculo científico.
O sistema de preços é um sistema de cálculo corrupto.
E lembra-te, a liberdade humana é uma ilusão romântica.
Os humanos nunca tiveram qualquer verdadeira liberdade
quando se trata da ordem da natureza. Ou alinhas ou sofres.
Muito obrigado Louie, agradeço-te imenso.
Bem, aí está, pessoal.
Ainda assim, lógica à parte, as opiniões sobre o nosso sistema económico variam bastante.
Então, para ganhar algum consenso público sobre a questão, vamos agora em directo
para o nosso correspondente em Nova Iorque da "Cultura em Declínio",
Big Scotty D, que está em directo de Wall Street.
Obrigado, Peter. Sou o Scotty D, em frente à Bolsa de Nova Iorque.
Hoje estamos aqui na cidade de Nova Iorque
para tentar falar com algumas pessoas na rua e descobrir um pouco
sobre o que está a acontecer na percepção mundial da economia.
Cultura em Declínio: Homem na Rua
Senhor, gostaria de falar sobre a economia?
Gostaria de falar sobre a economia?
Gostaria de falar sobre a economia?
Eu realmente sou péssimo nisto,
mas eu acho que as pessoas também não querem falar sobre economia.
(Falei com o meu supervisor e ele disse-me que não pode fazer isso aqui.) Oh ...
No entanto, havia um tipo que estava disposto a falar comigo.
Qual acha que é a definição de economia?
Estando aqui em frente à Wall Street, estou apenas curioso.
O que acha que é a economia?
Bem, eu diria que a economia é, é realmente apenas
baseada apenas em dinheiro, as coisas que vão acontecendo,
sabe, a partir daqui pela Wall Street.
É só o dinheiro que faz com que o sistema ...
gere por toda a cidade de Nova Iorque e para toda a gente no mundo.
Mas é principalmente uma coisa de dinheiro, que faz o mundo girar.
Eu sei o que estão a pensar. Estão a pensar
"Do que está este tipo a falar?"
Mas, na realidade, ele provavelmente sabe tanto sobre economia
como eu sei sobre entrevistar pessoas na rua.
E, parece que a maioria de nós
realmente não sabe do que trata a economia.
De volta para ti, Peter. *Homem na Rua*
É de mim ou já repararam que
há mais coisas à venda no mundo do que nunca,
e eu não estou a referir-me a produtos na vossa loja local.
Hoje em dia, a mentalidade do mercado é a de que
tudo está à venda e nada é sagrado.
Precisam de algum dinheiro? Por que não alugam a testa para publicidade comercial?
Ou melhor ainda, por que não compram a apólice de seguro de vida
da vossa vizinha idosa, e quando ela morrer
podem receber uma bela indemnização? Sim, é legal!
Ou talvez sejam as pequenas coisas que vos fazem felizes.
Então, em vez de colocar a boneca insuflável no carro
para usar a via de carpooling,
basta comprá-la, como se pode em Minneapolis.
Ou talvez queiram abater um rinoceronte-negro em vias de extinção em África.
Bem, vocês podem. Custa cerca de $150.000,
mas ei, é possível. "150,
pá, mal posso esperar para comer aquele rinoceronte!"
Ou mais seriamente, talvez os vossos filhos não tenham as melhores notas na escola.
Bem, o mercado tem uma solução. Paguem-lhes!
Paguem-lhes para ler e tirar boas notas, como fazem em Dallas, no Texas.
Mas talvez isso seja exagerado, porque quando tiverem idade para ir para a faculdade
as mais prestigiadas universidades vão fazer vista grossa para os admitir
quando uma choruda doação for feita para a nova ala da biblioteca.
Querem servir o vosso país, mas estão fartos de todas aquelas
regras de guerra chatas da ONU e baixos vencimentos?
Basta alistarem-se na crescente legião de mercenários militares privados
que vão lentamente substituindo os militares dos EUA em geral.
Então e o amor?
Precisam de um encontro, mas não querem andas às cegas no engate?
Há mulheres que vão a encontros com quem oferecer mais em alguns sites de convívio.
Esqueçam os chats, é só sacar de algumas centenas de euros
para seduzir uma mulher à vossa escolha que vos deixe pagar o jantar dela.
Tenho a certeza de que será uma relação duradoura.
Ou, talvez, o mais importante,
a vossa empresa precisa da aprovação de uma lei para garantir lucros?
Bem, é só contratar um lobista para influenciar o Congresso!
Como o episódio anterior da Cultura em Declínio referiu,
não há nada no espectro político e jurídico
que não esteja claramente à venda.
Na verdade, por que acham que o sistema judicial permite que a maioria dos crimes
seja ilibada através de fundos monetários?
Mas mesmo que façam algo muito grave e estejam enfiados na prisão
não se preocupem, pois em alguns casos
podem pagar cerca de 80 dólares por noite para mudar
para uma cela limpa e tranquila, numa boa zona da prisão.
Digam o que querem, pode ser comprado, e nada é sagrado.
143 anos após a aprovação da 13 ª Emenda da Constituição dos EUA
e 60 anos após o artigo 4
da Declaração Universal de Direitos Humanos da ONU
ter abolido a escravatura e o comércio de escravos em todo o mundo,
existem hoje mais escravos do que em qualquer altura da história da humanidade,
traficando cerca de 30 milhões para vários esquemas de lucro.
Mas, então e a ética, perguntam vocês?
Bem, o que tem? A ética e a moralidade
continuam a ser redefinidas pelo ethos económico do dia,
e quando um corretor de Wall Street faz milhões de dólares
apostando contra a moeda e, portanto, a prosperidade de outro país,
posso assegurar-lhe de que ele dorme como um bebé durante a noite,
e porque não haveria de dormir? Ele faz simplesmente o que é recompensado
e reforçado pelo sistema económico no seu todo.
A psicologia inerente ao mercado
nada tem a ver com nada excepto com a sua própria perpetuação.
Quando se ouve os políticos dizer que vão invadir um país pobre
para levar liberdade e democracia,
é preciso compreender o que essas palavras realmente significam.
A liberdade que eles trazem é a liberdade de mercado,
e a democracia que eles trazem é a democracia do poder de compra:
a liberdade de usar o dinheiro para ter influência,
a liberdade para, de facto, restringir a liberdade dos outros.
No entanto, vamos voltar a esta matéria técnica.
Pondo de lado a distorção da lógica de mercado
que agora coloca tudo à venda,
colocando de lado a falsa premissa de que o mecanismo de preços
na verdade, calcula adequadamente os verdadeiros atributos
de uma prática económica sustentável e eficiente,
e pondo de lado o desequilíbrio do sistema de valor básico
irradiando da base global de desenvolvimento,
vamos agora fazer um pequeno teste. Bem-vindos a Economia Moderna Elementar.
Pergunta 1: Se vivessem num planeta
com recursos finitos e uma população em expansão,
incentivariam uma economia baseada na necessidade de crescimento e consumo
para manter tudo em funcionamento?
Resposta correcta: Não.
O facto de a nossa economia exigir, literalmente, consumo constante
e crescimento para manter o PIB à superfície e as pessoas empregadas
é a marca, não de uma economia, mas de uma anti-economia.
Pergunta 2: Se fossem produtores
fabricariam produtos o mais duradouros e adaptáveis possível
dada a natureza finita dos recursos
e o interesse em maximizar a produtividade do trabalho?
Resposta: Sim. Hoje passa-se o contrário,
e não apenas todos os produtos são inferiores no momento em que são feitos
devido às necessidades de eficiência de custos para manter as empresas competitivas,
como a maioria das empresas pratica aquilo a que se chama de obsolescência planeada,
que deliberadamente reduz a boa qualidade para incentivar a repetição das compras
para obter mais lucro.
Pergunta 3: Se fossem organizadores socio-económicos,
encorajariam toda a gente a comprar uma coisa de cada,
acumulando essa propriedade pessoal, protegendo-a,
embora muitos produtos sejam utilizados esporadicamente?
Resposta: Não. Isso seria ineficiente.
A realidade de que os produtos só têm a relevância da sua utilização seria entendida
e, portanto, um sistema de acesso partilhado,
em vez de uma cega propriedade restrictiva universal,
seria a forma mais racional de desenvolvimento.
Pergunta 4: E o incentivo?
Promoveriam um ambiente competitivo, de cortar à faca,
onde é cada um por si ou pelo seu pequeno grupo?
Resposta correcta: Não. Sabendo o que sabemos hoje
sobre a mentalidade competitiva e como esta gera maus tratos
juntamente com a realidade de que a colaboração e a partilha de informação
é verdadeiramente a força motriz do progresso a nível social,
a concorrência seria vista como a mais limitante disposição
como prática filosófica.
Pergunta 5: Qual seria o critério para a recompensa hoje em dia?
Exigiriam que todos os seres humanos se submetessem uns aos outros com trabalho
para atingir meios para sobreviver?
Não. Isso seria rude e contra-produtivo,
dado o estado da tecnologia.
A capacidade técnica moderna permite aumentar a produtividade
para além do que alguma vez se viu na história da humanidade,
para não falar de que garante segurança e eficiência, em geral.
Forçar ao trabalho humano por um rendimento
perante esta ferramenta de vasto progresso é simplesmente absurdo.
Considerações finais: Se tivéssemos de dar um passo atrás e reflectir sobre
como a nossa família humana se comporta por todo o mundo hoje,
do materialismo Ocidental ao extremismo Islâmico,
da guerra nuclear à necrofilia,
estamos perante uma realidade negra, mas extremamente divertida.
A realidade de que somos macacos em estado selvagem,
mal saídos da selva neste planeta
nas palavras do falecido, o grande George Carlin,
saindo lentamente da Idade das Trevas, de facto,
de um período de profundo medo e confusão em relação a quem somos,
o que fazemos, como nos relacionamos uns com os outros,
para não falar de como nos relacionamos com o habitat que nos deu vida.
De um lado do espectro, temos um vasto espectáculo de presunção humana:
ignorância teimosa, tanto assim que, se forem como eu,
por vezes questionam porque devemos tentar de todo.
Que talvez esta espécie mereça tudo o que lhe acontece
e o seu destino é como um beco evolutivo sem saída,
uma mutação genética acidental, poderia ser uma esperança ideal para este universo.
Pondo de lado o cinismo, porém,
é fácil ver que há uma mudança crescente na minoria
que lentamente se vai tornar na maioria, se o deixarmos.
Um despertar vai acontecendo, um despertar
onde as pessoas pararam de impôr os seus ideais tradicionais
e a variada bagagem ideológica ao mundo,
e em vez disso começam a ouvir,
a ouvir o que as ferramentas do nosso engenho nos proporcionaram,
a ouvir a mensagem da própria natureza.
Se existe algum contexto que necessita de uma intervenção séria
com respeito às leis naturais que nos governam,
se existe algum contexto em que temos, simplesmente, de prestar atenção,
preparar para deixar todos os nossos pressupostos e mudar em conformidade,
é no contexto económico.
A economia não é apenas uma abstracção arbitrária
para o processamento e distribuição de recursos.
É um modelador de valor subjacente que nos programa em modos de comportamento
que se estende a todas as áreas da nossa psicologia.
É a religião global activa, quer as pessoas gostem ou não,
e para aqueles que desejam ver o triunfo da razão sobre o dogma,
temos um longo, longo caminho pela frente.
Os defensores do modelo económico do mercado livre irão dizer
que não existe outro sistema possível para definir a sociedade,
que a base competitiva é a única forma
de incentivar a nossa cultura primitiva.
Eles vão dizer-vos que uma reduzida interferência económica do governo
é a chave para preservar a verdadeira integridade da economia de mercado
e também para preservar a nossa dita liberdade,
que, dizem, seria rapidamente corrompida
pois a tirania e a opressão instaurar-se-ão
se qualquer tipo de modelo de prática económica colaborativa for aplicada.
Eles falam do "verdadeiro" mercado livre:
um ideal utópico que reivindica a mão invisível,
se pudesse funcionar sem interferências, iria aliviar a pobreza,
a privação, os abusos, a corrupção, o conflito e a ineficiência
tão comuns no mundo de hoje.
Bem, como em todas as religiões, a ilusão é comum,
porque hoje o mercado é na verdade mais livre do que nunca,
sendo o estado nada mais do que uma empresa-mãe
trabalhando para ajudar as suas subsidiárias comerciais que o apoiam.
Tudo está à venda e ninguém é responsável.
Todas as leis naturais e realidades físicas que compreendem as bases
para uma verdadeira eficiência técnica terrestre
e uma consciência e um entendimento que, se permitidos,
podem, literalmente, transformar o mundo num lugar
com vasta abundância e prosperidade nunca antes vistas,
foram enterradas e dispensadas,
apenas para serem ofuscadas por uma certa forma de eficiência,
eficiência de mercado, uma eficiência que segue o dinheiro e apenas o dinheiro,
uma eficiência que é literalmente dissociada
de tudo o que sustenta e garante a própria vida,
uma eficiência que é circular na sua lógica
visto não ter respeito pelas leis físicas da natureza,
as leis da natureza, que são, de facto, o único governo real e verdadeiro
e o único sistema normativo que existiu ou virá a existir.
Mas, ainda assim, quem diz que isso importa?
Talvez devêssemos apenas deixar andar.
Talvez este reality show da humanidade,
esta paródia trágica e satírica de si mesma, de certeza,
fazendo tudo o que sabe, talvez seja mesmo assim
e os nossos cérebros, os nossos genes são avariados,
e estamos apenas à espera da gargalhada final
quando a Nave Espacial Terra, embata naquela parede de tijolo psicológica.
Penso que o tempo o dirá.
E até lá, sentem-se, peguem numas pipocas
e continuem a assistir ao melhor reality show de todos os tempos.
E até a próxima, eu sou o Peter Joseph,
um agente e vítima de uma Cultura em Declínio.
A meu ver, não há melhor demonstração da loucura da vaidade humana do que esta imagem distante do nosso pequeno mundo.
As nossas atitudes, a nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo são desafiadas por este ponto de luz pálida.
O nosso planeta é um pontinho solitário na imensa escuridão cósmica circundante.
Na nossa obscuridade - em toda esta vastidão - não há nenhum indício de que virá ajuda de outro lado para nos salvar de nós próprios. Cabe-nos a nós. - Carl Sagan
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