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Dexter S03E04 "All in the Family"
Tradução e Revisão: Equipa PT-Subs Sincronia: www.sub-way.fr
PT-Subs www.pt-subs.net
Anteriormente em Dexter...
Estou grávida.
Apenas acho que vou ser um péssimo pai. Não quero estragar a criança.
Quem estamos a enganar? Vais ser um excelente pai.
O caso Oscar Prado?
O Freebo matou o irmão do principal Assistente de Procurador.
Só que não foi ele quem matou o Oscar. Fui eu.
Dexter, não sei se chegaste a conhecer oficialmente o meu outro irmão, Ramon.
Então és tu de quem o Miguel está sempre a falar?
- Que tens sobre o Freebo, Maria? - Ramon!
Bem, estamos a estudar outras perspectivas.
- O que quer dizer que não tens nada. - Dá-nos licença.
O Freebo ainda anda por aí, a matar. Temos que o apanhar e rápido.
Foda-se. É a minha desconhecida. Teegan Campbell.
Estava agora a dizer ao Miguel que não íamos desistir do Freebo.
Agora tenho que lhe ligar e dizer-lhe que ele deve ter razão?
Que o Freebo possivelmente há muito que desapareceu?
- E que não matou a Teegan. - Parece que sim.
Yuki Amado, dos Assuntos Internos.
Conhece um Joey Quinn? Seria bem fixe se se pudesse aproximar dele.
- Sabe, fazer um pouco de reconhecimento. - Yuki, isso não vai acontecer.
Se acenderes isso, prendo-te.
Disse-te para não acenderes essa merda!
Por que caralho é que prendeste o meu informador?
Por que continuas a chamá-lo o teu informador?
Há alguma coisa que não nos estejas a contar?
O que aconteceu com a testemunha que te dei?
Pensava que ele tinha informação que ilibava o Chicky Hines.
Revi o seu depoimento. Aquilo apenas não batia certo.
Anton, eu sinto-me nada bem com o que aconteceu.
Eu também sinto-me nada bem.
Esta é a camisa que tinha vestida quando o Freebo encontrou o seu fim.
É o sangue dele, aí mesmo.
Esta camisa relaciona-me com a morte dele.
Eu confio em ti, e quero que confies em mim.
Será possível que tenha, de facto, feito um amigo?
Alguém em quem possa confiar os meus segredos obscuros?
Ou serei parvo por me questionar sobre isto?
Fazer de conta.
É uma parte tão importante do crescimento.
Quando éramos miúdos, qualquer que fosse o papel que a Deb me desse,
um monstro malvado, um nazi traiçoeiro, ou um E.T. horrível,
interpretava-os na perfeição.
- Devíamos dizer-lhes. - Acerca do bebé?
Não quero que eles descubram por outra pessoa.
Está bem.
Crianças.
O Dexter e eu temos um assunto para falar com vocês.
- O que é? - Vamos ter um bebé.
Vocês vão ter um novo irmãozinho
ou irmãzinha com quem brincar.
- Qual deles é? - Qual deles gostavas mais?
- Um cãozinho. - Podes ter um cãozinho e um bebé.
Mas vocês nem sequer são casados.
Não, não somos.
Porque não?
Eu... Nunca pensei nisso.
Bem, vou buscar a salada de batata, para não me esquecer.
Homem de família.
Marido e pai. Parece tão honesto.
Inofensivo.
Muito melhor do que vive sozinho e é reservado.
Devíamos?
Quero dizer, não é a pior ideia do mundo.
- Devíamos o quê? - Casar.
Dex.
Sim, fixe.
Ias ser o meu pai.
Olha, isso é algo que não vamos decidir hoje.
Vão buscar as vossas coisas. Não queremos chegar atrasados a casa dos Prado.
Dex.
Isso foi ridículo.
Os únicos papéis em que tive problemas eram os dos bons.
Heróis, cavaleiros de armadura reluzente.
Nunca me sentia bem.
- Agora não. - Por favor.
Miguel, escuta-me.
Não consegues tratar disto, Ramon.
Certo, deixa-me ajudar-te.
Não é preciso. Os pratos de papel vão directamente para o lixo.
- Já voltamos com a sobremesa. - Obrigada.
Eu vou.
- Por favor, quero mesmo que fiques. - Calma.
A sério, Dexter, onde tinhas a cabeça?
Pedires-me em casamento daquela maneira?
Desculpa. Com o bebé e isso, fazia sentido.
As pessoas não se casam por fazer sentido.
Não?
Ter-me-ias pedido em casamento se não estivesse grávida?
Não sei.
Casei com o Paul porque estava grávida.
E não vou casar outra vez a não ser que seja por alguém me amar.
Percebo por que te sentirias assim.
Ser um pai e ser um marido
são duas coisas muito diferentes.
Não tens de ser ambos.
Não quero ambos.
A não ser que seja verdadeiro.
Verdadeiro.
Como se mostra amor verdadeiro quando nem sequer se sabe o que isso é?
Não partas, Ramon. É apenas outra pista vazia,
- outra informação sem valor. - Vou continuar a segui-las
até descobrir aquela que levar ao assassino do meu irmão...
- O assassino do nosso irmão, está bem? - Fica, Ramon. Vá lá, pela tua família.
E que tal se eu for pela minha família?
- Ramon, não. Não. - Tenho de ir.
- Sara. - Eu trato dele.
Ramon, vem cá.
Está tudo bem?
Ele está obcecado. Tem bebido mais do que é normal.
Ele não vai parar de procurar pelo
assassino do Oscar até dar cabo dele.
A dor dói mais a uns que a outros.
Sabes, nós podíamos ajudar o Ramon a ter alguma paz se lhe disséssemos que
o assassino do Oscar está morto.
Se lhe disséssemos então ele ficaria a saber.
O Ramon e eu partilhámos e guardámos os segredos um do outro toda a nossa vida.
- Não é só o teu segredo. - Por isso é que te estou a perguntar.
- Miguel, ele parece instável. - Ele é problemático.
- Ele tem mau feitio. - Ele é meu irmão. Eu posso ajudá-lo.
Estás tu!
Estás tu!
Ele precisa de saber que o Freebo está morto.
É um grande fardo para carregar.
Nem toda a gente consegue lidar com um segredo destes.
Já estás incomodado o suficiente com o facto de eu saber.
Confiar no meu irmão é...
É pedir demasiado nesta fase. Entendo.
- Por acaso, entendes mesmo. - Não te rales com isso.
O Ramon ele há-de acalmar, mais tarde ou mais cedo.
Nem por sombras. Isto não vai desaparecer.
O Miguel não consegue ver quão pavio curto o irmão dele é.
Ele pode estar a precisar de um enquadramento.
Tio Miguel, a Astor não me deixa brincar na casinha.
Não te preocupes, companheiro. Eu falo com ela.
Astor, o Carlos quer brincar na casinha agora.
E então?
- Então, partilhar é uma das regras. - Regras de quem? Não és meu pai.
Astor!
Pede desculpa ao Dexter!
Achas que está a reagir ao meu pedido falhado?
Ela está tão preocupada por nós não sermos casados.
Não acho que seja só o casamento. É o bebé que aí vem.
Ela tem medo que deixe de ser especial.
Bolas, és boa!
Conheço a minha filha.
Ela apenas precisa de alguma atenção, algum conforto.
Astor!
A Astor está a fazer audição para vários papéis.
Filha magoada, pré-adolescente carrancuda,
juventude oprimida... A descobrir quem ela quer ser.
Saída dramática do palco pela esquerda.
Não posso forçar a minha entrada na vida da Rita,
tal como não posso forçar o Miguel
a confiar mais em mim do que no próprio irmão.
Preciso de aprender umas coisas com a Astor.
Obter a atenção deles.
Mas primeiro, as coisas urgentes.
Tenho um emprego diurno.
É assim o aspecto do verdadeiro amor.
Bem, amor verdadeiro e perda.
É isso que a Rita necessita de ver em mim?
Pode ser um problema.
É a noiva?
Agora já não.
Chama-se Fiona Kemp.
Ela veio ter com a vítima para ver um filme.
Ela viu o agressor.
Ele derrubou-a ao fugir daqui. Foi assim que ela lixou o joelho.
A descrição dela encaixa na que temos de uma série de assaltos na vizinhança.
O mesmo m.o.. A porta das traseiras arrombada com um pé-de-cabra.
Mal conseguimos fazer com que ela o largasse.
Deb, o teu cu está a vibrar.
Credo.
Alguma novidade?
- O Quinn já chegou? - Sim, vi-o chegar mesmo agora.
Credo, devias ter chegado primeiro que eu a conduzir uma coisa dessas.
Fiquei parado na ponte por causa de um carro avariado.
Sei que ganhas mais com um distintivo, mas mesmo assim.
Consegui um bom aluguer, apenas isso. Que temos lá dentro?
Jack Rice, 34 anos. Tem a cabeça esmagada.
Parece um caso de arrombamento que correu para o torto.
Há muitos casos antecedentes na zona.
Testemunhas?
Apenas uma.
O Jack tirou folga para irmos ver um filme.
Uma comédia romântica.
Ele chama-lhes filmes para miúdas, mas sabe que me fazem feliz, por isso...
De certeza de que ele era um tipo ***.
Mas o homem que viu fugir, disse que tinha 1,80 m?
E conheci o Jack no café onde trabalho.
Quando ele entrou,
algo dentro de mim reconheceu-o,
apesar de nunca nos termos visto antes.
- Já alguma vez se sentiu assim? - Demasiadas vezes.
Podemos ver algumas fotografias. Talvez descrever o homem que viu
- a um artista de retratos-robô. - Um quê?
- Eu... Eu fico com o Jack. - O Jack tem de ir para a morgue.
O laboratório forense vai precisar das roupas dela.
Então, por que não lhe dizes?
Não podem levar isso. É o boné favorito dele.
Minha senhora, este boné precisa de vir comigo.
Desculpe, Fiona.
Devolvê-lo-emos assim que não precisarmos mais dele.
Não vão nada.
Olhe para mim. Vá lá, aqui mesmo.
Estou-lhe a dizer
que eu, Joseph Quinn, assegurar-me-ei pessoalmente
que esse boné regressará a si imaculado.
- Ele é bom. - Quem diria?
Há mais alguma coisa do Jack que queira guardar?
Talvez uma das suas camisas?
Venha.
Ele é tipo um encantador de testemunhas.
Talvez ele devesse pedir a Rita em casamento por mim.
Astor, isso é tão injusto.
És a minha menina querida, e sempre serás.
Sabes disso, não sabes?
- Rita, estás aí? - Sim, só um minuto.
Astor, fiz-te uma pergunta.
Ouve, se eu e o Dexter vamos casar ou não, é assunto meu e dele.
Tu e eu, temos de
nos esforçar em sermos mais amáveis uma com a outra.
Achas que me consegues ajudar nisso?
Por favor?
Rita, precisamos de ti aqui.
Ouve, tenho de voltar ao trabalho.
Falamos disto esta noite, está bem?
Certo.
Precisamos de trocar de quarto.
Estávamos à espera de ver o pôr-do-sol do nosso quarto Lua-de-Mel,
porque, obviamente, estamos na nossa lua-de-mel.
Mas não conseguimos ver nada.
Certo.
Bem, o sol põe-se a Oeste.
E Miami está na costa Este da Florida,
por isso não há que nós...
O panfleto dizia, "Veja o sol a pôr-se no oceano."
Não dizia, querido?
Talvez dissesse "o nascer do sol".
Queremos o vosso melhor quarto.
O quarto Lua-de-Mel é o nosso melhor quarto.
Há sempre um quarto melhor.
Oiça, peço desculpa.
Talvez possa oferecer-vos um pequeno-almoço complementar.
Quero ficar num andar superior,
uma vista melhor, e melhor luminosidade.
Fica demasiado escuro com as cortinas fechadas.
E que tal uma hora de tratamento no nosso Spa?
Quero um quarto melhor.
É assim, não temos um quarto melhor
a não ser que construa um, e agir como uma cabra
não vai mudar nada.
Rita.
Com licença. Venho já ter convosco.
- Não podemos ter esta conversa novamente. - Eu sei. Peço desculpa.
É já a segunda vez esta semana. E mais, estás sempre
a fazer pausas ou de baixa. Não sei o que se está a passar, mas,
francamente, é sempre alguma coisa.
E agora vou ter de compensar o quarto Lua de Mel.
Lamento imenso, mas já não me posso dar ao luxo de te empregar.
Ora, como poderemos resolver isto?
Algumas pessoas são autênticas bombas-relógio.
O Ramon é uma delas.
E o Miguel precisa de o ver explodir.
O instigador,
ora aí está um papel em que sempre fui bom.
Entrega para Morgan.
Ramon. Olá, como estás?
Dexter.
Pois é. O Miguel disse que costumam vir aqui.
É o vosso sítio secreto, certo?
Agora já não é.
Não te preocupes. Vou manter isto entre nós os três.
Chefe, outro rum com cola.
E podia trazer mais uns pickles?
Peço desculpa pelo modo como a Astor tratou ontem o pequeno Carlos.
Pois, foste-te embora.
Foi uma pequena guerra de território.
Não te preocupes, tomei conta dele.
O Carlos é uma criança forte. Sabe tomar conta dele próprio.
Sim, de certeza.
Tens a certeza que queres beber isso?
Se não tivesse certeza, não estava a beber.
É só que...
Sabes, o Miguel anda preocupado contigo.
Sem ofensa, Dexter,
mas se o Miguel tem algum problema comigo
ele próprio mo diz.
Certo.
Quer dizer, ele disse que tinha dito.
Mas, sim, ele dirá novamente se precisar.
O que se passa entre mim e o meu irmão
é entre mim e o meu irmão.
Absolutamente.
Aconteceu estar por perto quando o Miguel precisou de falar com alguém.
Pois também já passei pelo mesmo.
A minha mãe foi assassinada quando era uma criança.
Lamento.
Portanto sei como é.
Mas vai ficando mais fácil.
Como o Miguel disse, quando ele aceitou a sua perda
e chegou a uma conclusão, ele seguiu em frente.
Calma aí!
Ninguém vai aceitar nada.
Está bem?
E quando o teu Departamento de Homicídios levantar o cu da cadeira
e começar a fazer a merda do seu trabalho,
talvez então eu e o meu irmão possamos seguir em frente.
Mais pickles!
Obrigado.
Devo ter percebido mal o que ele disse.
Sim.
Percebeste mal.
Bem, desfruta o teu jantar.
E diz ao Carlos que eu disse olá!
Sabia que ainda te encontrava aqui.
Não há descanso para os malvados.
O que te traz por aqui?
Queria falar contigo acerca do Chicky Hines.
Outra vez?
Tenho uma testemunha que pode fornecer um álibi para o Hines.
Bate certo.
Já te disse que revi o depoimento dele.
- Mas nunca chegaste a falar com ele. - Vá lá, Maria.
A tua testemunha é um comum criminoso que apenas está a tentar
escapar à sua mais recente acusação de drogas.
Sim, mas isso não quer dizer que não seja verdade.
E ele consegue ilibar o Hines.
Por acaso já conheceste o Chicky Hines?
Quero dizer, tu já... Já leste o ficheiro dele?
- Porque é... - O Hines não cometeu este crime.
Muito bem.
Isto é acerca do quê?
- Um homem inocente atrás das grades. - Talvez.
Talvez haja mais qualquer coisa em jogo.
Aceitar a verdade sobre o James Doakes, foi uma coisa difícil para todos nós.
- Não estava à espera disso. - Eu sei. Olha,
Nem sequer o devia ter. Mas, vá lá, ele era o teu parceiro.
Ele era teu amigo.
Talvez aches que ele tenha sido mal encaminhado, não sei.
E talvez isso esteja a turvar a tua visão sobre o caso do Hines.
Admito que foi difícil.
Mas já me conheces, sabes que sou uma profissional.
Também sei que és humana, tal como todos nós.
Olha, só estou a falar nisso porque somos amigos.
A noiva está a trabalhar com um artista, agora.
Até agora, bate certo com o que a Divisão de Roubos
já tem acerca destes assaltos, portanto
ela não nos está a dar nada que nós não saibamos já.
Sim, excepto mais histórias de quão perfeito o seu noivo morto era.
Então?
Não é fácil aperceber-se que se está sozinha no mundo.
O que te dizem os padrões de sangue?
Apenas...
Estou apenas a clarificar algumas discrepâncias.
Bem, clarifica depressa. Vou tentar fechar este caso depressa.
Pôr-vos aos dois de novo no caso do Esfolador.
Está a dizer o Pai Nosso ao vigário, chefe.
- Morgan, o teu cu está a... - Obrigado. Eu reparei, foda-se.
Bilhetes para a minha participação na conferência de Ciências Forenses.
Não é a minha onda.
Tenho que desparasitar o meu cão nessa noite.
Vou estar com a minha filhota nessa noite.
Nem sequer sabes a data!
Tenho que manter a minha agenda em aberto para ela.
Et tu, Dextay?
Não perderia isso por nada.
Masuka.
Ele escolheu o papel de bobo da corte.
Agora, só gostamos dele quando nos faz rir.
Ainda assim, há que salientar um aspecto de ser um actor destes papéis.
Os actores principais, com todas as suas emoções.
Deve ser cansativo.
Parece-se com o esboço que o Departamento de Roubos já tem
- do suspeito de arrombamento. - Não conseguiu sacar mais nada dela?
Agente Morgan, a mulher está um farrapo.
Portanto...
Ele não tinha nenhuma marca que o distinguisse,
alguma cicatriz ou tatuagem?
Talvez.
Não me lembro.
Ele passou mesmo ao seu lado.
Eu estava surpreendida.
Vamos respirar fundo.
Feche os olhos.
Tente imaginar de novo a situação.
É tão horrível.
O meu Jack ali deitado.
- Porque é que isto está a acontecer? - Certo...
- Não vamos imaginar mais nada. - Nada disto importa.
O Jack nunca mais vai voltar.
Vamos focar-nos noutra coisa, certo?
Apenas focar-nos noutra coisa.
- Fiona. - Olá.
Como se está a aguentar?
- Não estou a ajudar em nada. - Está a brincar?
Está a portar-se lindamente. É uma campeã.
Estou a tentar, mas...
Porque não fazemos uma pausa disto tudo
e vamos ver umas fotografias juntos, pode ser?
Está bem.
Vamos estar na sala de entrevistas três com os livros das fotografias policiais.
- Vou preparar a sala. - Não é preciso, eu trato disso.
Dizem que esta parte passa depressa.
Deviam que eu devia ter o brilho das grávidas.
Estou a brilhar?
Para mim, estás.
Não acredito que chamei cabra a uma hóspede.
Pareceu-me uma descrição adequada.
Acho que vou falar com a minha chefe e pedir o meu emprego de volta.
A sério? Sempre tive a sensação de que não gostavas particularmente daquele emprego.
É um emprego.
Ninguém mais me vai contratar,
sabendo que vou ter que tirar licença de maternidade.
Além disso, não tenho praticamente poupanças nenhumas.
Estou grávida. Não tenho seguro de saúde.
O meu seguro cobre-te.
Rita, se casássemos teríamos bens em conjunto.
Não terias nada com que te preocupar.
E não esqueçamos as deduções enquanto casal.
Com a Astor e o Cody como dependentes...
Não, certo?
Essa guitarra é feia para caraças.
Feia?
Uma guitarra já usada como esta transmite a experiência do seu dono.
Os muitos caminhos que já percorremos juntos.
- Então, já há tens há muito tempo. - Não, apenas há umas semanas.
Comprei-a numa loja de penhores por 20 dólares.
Dá-me uma certa mística, não dá?
És convencido para caraças.
E então, do que precisa, agente?
Uma bebida forte depois de um dia de merda.
- E vieste aqui? - Só pelas margaritas, confia em mim.
Uma margarita.
- Quão bem conheces o Quinn? - Ele teve alguma coisa a ver
- com o teu dia ter sido uma merda? - Talvez.
Ouvi umas coisas acerca dele. Ele passa uma imagem
de ser um durão, mas depois muda,
e fica todo sensível e preocupado com as pessoas...
Qual é a história dele? Ele é dos bons ou dos maus?
- Tem que ser um ou outro? - No meu mundo, sim.
Mas não consigo perceber qual deles ele escolheu.
Tudo o que sei é que
o Quinn me safou de um aperto quando estava enrascado.
O homem deu-me uma oportunidade, e eu aproveitei-a.
Está bem.
Além disso, sem o Quinn,
não terias nenhum informador
e eu estaria a beber sozinho.
Duvido muito.
És um homem esfomeado.
E tu és uma bela refeição.
Estás à espera de alguma coisa especial esta noite?
Os teus olhos.
São cheios de alma.
Bem, os elogios são de graça.
Mas uma hora do meu tempo tem custos.
Pode vir a ser mais que uma hora.
É melhor deixar para outra vez, Sargento.
Esta noite, pelo menos por um par de horas,
não sou um...
Esta noite, toda a noite,
eu sou.
Merda, isto é uma operaç...
Cala-te e alinha na conversa. Seu estupor dum cabrão.
Vens até ao meu quarto sem dinheiro!
Bem, ninguém visita a Jazmin com a carteira vazia.
Fizeste-me perder tempo, seu cabrão!
Então ela vomitou?
Pois. É a resposta dela, aparentemente.
Não é bem a resposta que se quer ouvir
a um pedido de casamento.
Exacto, daí o meu telefonema para ti.
E o suborno de uma cerveja.
Obviamente já tiveste um pedido bem sucedido.
Conta-me o teu segredo, Grande Sábio.
Está bem.
Bem, faças o que fizeres,
nunca sugiras fugir só porque um casamento a sério entra em conflito
com um caso importante em que estejas envolvido.
Fizeste isso?
Correu mais ou menos tão bem quanto o teu pedido.
Parece que não sou o único para o qual não há esperança.
Tu e eu, companheiro,
a fazer as mulheres da América...
enjoadas.
Acabei eventualmente por perceber que as mulheres tendem a pensar com o coração.
Portanto, podias tentar fazer o mesmo com o teu.
- É a única opção? - É a única que funciona, irmão.
Já que falas em irmãos,
- cruzei-me com o Ramon ontem à noite. - Ouvi dizer.
- Ou melhor, encheram-me a cabeça. - Desculpa.
Tentei chegar até ele, criar uma ligação.
- Acho que o aborreci mais. - Está tudo bem.
Levou-nos a uma boa conversa.
Conversa?
Porra, não lhe contei, Dexter.
Mantenho as minhas promessas.
Mas quando e se alguma vez te sentires à vontade em contar-lhe,
só te digo que acho que o Ramon está pronto.
O Miguel continua a tentar colocar o Ramon
no papel do gajo bom incompreendido.
Pessoalmente, acho que ele faz melhor o papel de mau.
Só tenho que convencer o Miguel.
Um donut e um convite para ouvires a minha palestra?
Fico com o donut.
- Já tens um convite. - Andas a subornar as pessoas
- para irem à tua palestra? - Isto dos donuts resulta contigo, não é?
- O cego a guiar os cegos. - Donut e um convite?
Tira lá um, porra.
Olha.
Diz, passa-se alguma coisa?
Lembras-te do depoimento que fizeste sobre o álibi do Chicky Hines?
Queres que to diga de cor?
Quer dizer que acreditas nele?
Mesmo que o álibi tenha vindo de alguém a tentar escapar de uma acusação de drogas?
É sólido.
O Assistente do Procurador ainda não cedeu?
Bem, então fizeste tudo o que podias.
Talvez.
O Inferno deve ter congelado porque os polícias já não comem donuts.
- Se calhar, o preço é um pouco alto. - Por favor.
Porque é que não querem apoiar um valioso colega
- num momento brilhante? - Queres uma resposta sincera a isso?
Foi retórico.
Está bem.
Está bem, diz-me.
És, tipo, a pessoa mais asquerosa que alguma vez conheci.
Qualquer palavra que sai da tua boca
é uma piada doentia.
- Eu sou engraçado. - Sim, podes ser.
Mas também podes ser completamente nojento.
E às vezes é só isso que as pessoas vêem em ti.
O que é que tu sabes? És a merda do novato.
Dr. Phil, a sua namorada vem aí de novo
para ver mais fotos, por isso...
Olá, Deb.
Serve-te. Guardei-te um com creme.
Anormal.
Sargento Batista.
É você.
Com roupa. Quero dizer, roupa diferente.
Sim, sou a Detective Barbara Gianna, Departamento de Costumes.
Podemos conversar?
Claro.
Ouça, este departamento já levou com muita merda
em cima com a história do Carniceiro de Bay Harbor.
E agora você, um Sargento,
está a ver se aparece nas notícias, ao ser preso com umas putas.
Agora, entrego-o agora, e livro este departamento de pior mais tarde.
Porque gajos como você nunca aprendem.
- Oiça, talvez eu seja estúpido, mas... - Não...
me insulte dizendo que foi a sua primeira vez.
Porque eu ouço essa história de baba, ranho e merda
de todos os que prendo.
Alguma parte de si acha que alguma parte de mim
tem orgulho no que fiz?
Nenhuma parte de mim se importa.
É que...
Destruí o meu casamento.
Perdi a minha filhota.
Sou um polícia divorciado
a meio caminho de acabar como um cliché.
Um polícia divorciado e alcoólico.
E eu precisava de combater essa...
solidão.
Por isso encontrei afecto onde pude.
Mas prostitutas?
Precisava de me sentir ligado com alguém,
fosse quem fosse,
que não me voltasse a magoar.
Só isso.
Não é especial.
Só verdade.
Odeio quem mancha o nome da Polícia.
Odeio mentirosos ainda mais.
Não estou a mentir.
Eu sei.
Estamos bem?
Mantenha a pila nas calças
a não ser que, ou esteja a brincar sozinho,
ou a fazer algo consensual e legal.
E então estaremos bem.
Ramon, que fazes...
Algum progresso sobre o assassino do Oscar?
Estamos a comunicar com o F.B.I., caso ele tenha passado a fronteira.
E se ele estiver aqui mesmo, no nosso quintal?
É uma preocupação contínua, Ramon.
Mas não uma prioridade, certo?
Baixa a voz.
- Há aqui algum problema? - Sim, Sargento,
o vosso pessoal não faz ideia de como fazer o seu trabalho.
Esse crédito que tem por ser polícia tem limite.
Então sempre têm um plano, porque não parece
- envolver seguir dicas importantes. - Todas as dicas foram seguidas.
Então por que recebo chamadas de um tipo a dizer que viu o Freebo em Miami?
Digo-te porquê, porque o ignoraram. Ele telefonou-vos quatro vezes.
- Nunca aconteceu. - Está bem.
Ramon, dás-me o nome do informador,
- que eu trato disso pessoalmente. - O cabrão era anónimo, Maria.
Esqueci-me de deixar o meu nome? Desculpa.
Mas ele sabia coisas sobre este caso.
Como o Freebo ter uma namorada, uma Teegan.
Muita gente sabe isso, senhor.
Espalhei a fotografia dela pela cidade.
Talvez o informador quisesse o dinheiro da recompensa.
Podem encontrar desculpas ou podem descruzar os braços
e tentar encontrar o assassino do meu irmão!
Pronto, Ramon, precisas de sair agora!
Apenas façam a merda do vosso trabalho.
Queres avisar o irmão dele?
Fá-lo tu.
Estou um bocado cansada da família Prado, de momento.
Foi mais fácil do que pensava.
O Miguel não vai ficar contente ao saber que o Ramon se anda a passar
com colegas da força policial.
Não que conte só com isso.
Há muito em jogo.
E eu estou lançado.
Talvez devesse telefonar à Rita e dar-lhe uma dica anónima para casar comigo.
- Que merda, Dex? - Óptimo, já chegaste. Veste isto.
Não preciso dum preservativo gigante. Preciso do teu relatório do Jack Rice.
Estou a tratar disso. Veste o fato, as luvas,
e a máscara. Por favor.
Está bem.
Quanto mais cedo me livrar da noiva chorona,
melhor estarei.
Emoções fortes.
Não é o teu forte.
- Que raios quer isso dizer? - Também não é o meu.
Para o Quinn é facílimo.
Achas que ele é mais simpático que eu?
Simpático, não sei.
Se bem que estudos indicam que a inteligência a nível emotivo
têm um papel maior no sucesso individual
do que algo que possa ser testado num *** de Q.I. normal.
Vem cá.
Fica aqui e parte-lhe a cabeça, sim?
Estás a chamar-me uma idiota a nível emotivo?
Se tu és uma idiota, eu sou um vegetal.
Sem dúvida.
Foda-se, Dex!
Desculpa.
Sabes que mais? A Fiona enganou-se.
Ela descreveu o assaltante como tendo 1,80 de altura.
Mas calculando a altura do Jack Rice,
- permitindo ao ângulo... - Leiga.
O teu corpo age como um escudo.
E tudo isto é o que o teu corpo não bloqueia.
O assassino atordoa a vítima com o primeiro golpe.
Ele cai de joelhos. O segundo golpe dá-nos sangue.
Se o assassino tivesse 1,80 metros,
a projecção do sangue na cena do crime seria mais acima e maior.
Em vez disso, é exactamente igual à tua sombra.
Portanto o assassino do Rice tinha a tua altura e peso, aproximadamente.
Queres dizer a altura e peso da Fiona chorona?
Não, quero dizer...
Essa escapou-me. Interessante.
Você e o Jack preparavam um grande casamento?
Sim.
O Jack tinha muitos amigos, sim.
Sabe,
acontece que vi a agenda telefónica dele e...
telefonei a muita gente,
e nenhuma delas ouviu sequer falar de si.
Somos muito reservados, sabe?
Quando é que foi tirada?
Foi mesmo depois de nos conhecermos.
Ele teve oportunidade de a ver antes de o matares?
O quê?
De que está ela a falar? Não estou a...
É uma montagem, Fiona.
Trabalho muito bom.
Mesmo muito bom. Foste tu que a fizeste?
- Credo, não. - Vês,
estou a pensar que talvez tenhas forçado a entrada neste apartamento
para deixares isso como surpresa. Ele chega a casa, tenta expulsar-te,
- e tu matá-lo. - Não, seria incapaz de magoar o Jack.
Íamos casar.
Ouviste falar dos arrombamentos na televisão,
então criaste o mesmo esboço que mostraram na televisão,
o mesmo pé de cabra na porta das traseiras.
Deste cabo da porra do teu próprio joelho!
Ele ao menos queria falar contigo, Fiona?
Ele chegou a dizer algo para além de
"a merda de um café para levar"?
Basta.
Isto terminou.
- Desculpa? - Espere lá fora, agente.
Encarrego-me daqui para a frente.
Está tudo bem.
Eu sei
como é que as coisas eram
entre ti e o Jack.
Eu sei.
Estás bem?
Sim.
É seguro. Somos só nós os dois.
Dá para acreditares nesta merda?
É espantoso. Ela é tão convincente.
Estou a falar dele.
Vou partir-lhe a boca toda.
Antes do Jack,
a minha vida era uma pergunta sem resposta.
Pergunta sem resposta.
Dias e noites gastas à procura de algo.
O Quinn usou-me que nem uma guitarra de 20 dólares.
A primeira vez que ele entrou no café,
senti-o.
Estávamos ligados, sabe?
Para onde fosse, ele estava comigo.
O Jack tornou-me real.
Tornou-me real.
Ela acredita nisso.
No âmago do seu ser. Não é fingimento.
O único actor naquela sala é o Quinn.
Liga-me.
Se a Fiona consegue ser assim tão convincente
acerca de alguém que não conhecia,
devo conseguir convencer a Rita.
E outros.
Ellen?
Sim?
Ellen?
Graças a Deus que encontraste o sítio.
Não conseguia esperar muito mais.
Um cliente enviou-me isto.
Sem um adulto responsável com quem as partilhar ou para me envergonhar,
comê-las-ia a todas. Mesmo.
Experimenta aquela.
A sério, cobertura de chocolate *** e natas.
Que se lixe.
Presumo que te querias encontrar comigo por razões
que não trabalhar num caso de diabetes tipo 2.
A condenação do Chicky Hines.
Sim.
Não o ponto alto do sistema judicial.
O meu pessoal encontrou provas que podem reabrir o caso.
Gosto do som disso. Qual é o outro lado da moeda?
Nada.
A declaração da testemunha que dá um álibi ao Hines,
outro suspeito. E tudo isso confere.
Mais de duas décadas a fazer este trabalho,
e um bófia nunca sequer uma vez me deu um cartão "Você está livre da cadeia".
Especialmente quando esse polícia tem um passado com o Assistente do Procurador
que prendeu o meu tipo.
Isto não tem a ver com o Miguel Prado.
Tem a ver com fazer o que está certo.
Bem, vou considerar então que isso foi um sim.
O Prado sabe que vieste ter comigo com este material?
Acho que vai descobrir.
Bem, é melhor começares a usar roupas velhas,
porque vai haver merda da grossa a voar
na tua direcção.
Bolinhos e uísque.
Vá lá.
Dois dedos.
Sim, estou a dizer-te, vi o Freebo outra vez.
Não, pá, não vou à esquadra.
Certo, encontro-me contigo. Tens algum bar preferido?
Sim, conheço esse. Pede-me um rum com cola.
Estou aí dentro de dez minutos.
Pode-se levar um cavalo até à água, mas não se consegue obrigá-lo a beber,
a não ser que peças a bebida favorita dele e o deixes à espera.
E à espera.
Então?
Pronto, a maluca foi-se.
Ela disse que lhe esmagou a cabeça para preservar o amor deles.
Bom trabalho.
- E se te pagasse um copo? - E se fosses dar uma volta?
Da próxima vez que estiveres a jogar ao polícia bom e mau,
avisa-me que também estou a jogar.
- Lamento muito. - Lamentas?
Quando é que percebeste que foi ela?
Tinha um palpite desde o início
mas não tive a certeza até tu teres.
- Por que não me disseste nada? - Porque terias estragado tudo.
Então, vai-te foder.
Morgan, só tens uma ferramenta na tua caixa.
E é um martelo.
Não o consegues evitar.
Portanto, entrei no jogo, e funcionou.
Apenas ainda não tens uma cara para jogar póquer.
Talvez a tua seja um pouco boa demais.
Não tens vida própria?
Ultimamente não.
Preciso de falar contigo acerca do Ramon.
Sim, ouvi dizer que ele fez uma cena.
- Desculpa. - Na verdade,
serviu para abrir os olhos.
Fez-me aperceber que estavas certo.
- Sobre? - Contar-lhe...
acerca do Freebo.
Ele está a pôr a carreira dele em perigo.
E podia prejudicar a tua reputação. Não vou ser responsável por isso.
Não te preocupes. O Ramon vai sempre colocar a família em primeiro lugar.
Trabalhámos muito para chegarmos onde chegámos.
Ele nunca iria colocar isso em perigo.
E podemos confiar nele?
Ele está a sofrer muito.
E nós podemos acabar com isso.
Esta noite.
- Dex... - Por favor.
Vá, telefona-lhe.
Ramon, que andas a fazer?
Calma, calma, calma, calma.
Espera um pouco.
Porque não pedes ao empregado para te chamar um táxi,
ou então eu...
Vai-te foder, Miguel.
O cabrão do empregado nem sequer me...
Foda-se.
Estás a ter uma noite em cheio, certo?
O que eu queria ter era outra bebida,
mas este sacana está a tentar cortar-me as vazas.
E tu estás aqui.
É noite de borga dos gajos.
Porque não vamos todos para minha casa?
Posso pedir à Syl para fazer um cafezinho...
Não vou para tua casa.
Não vou deixar que a Sara e os miúdos te vejam neste estado.
Como se tu fosses algum tipo de exemplo nesta família.
A virares as costas ao Oscarzito!
Este não é o melhor lugar para isto. E tu sabes disso.
Diz-me uma coisa.
Porque andas a falar ao desbarato acerca
de assuntos familiares com a porra de um estranho.
O Dexter não é o problema nesta situação, Ramon.
Agora, vamos embora, por favor.
Vocês os dois, a entrarem aqui como se fossem uma espécie
de Batman e Robin.
Tira a puta das tuas mãos de cima de mim, palhaço.
Desculpa, Dexter. Eu trato disto.
- Tens a certeza? - Ele disse para te ires foder.
Vou buscar outra bebida.
Aquele bêbado ali acabou de apalpar aquela rapariga.
Ela está bastante chateada, e acho que vi uma arma.
Não sinto prazer nenhum em manipular o Miguel desta forma.
Porém, creio que preferiria isto à minha alternativa habitual.
Olá.
Não respondeste à minha última mensagem.
Bem, acho que esgotei as maneiras de dizer que não vou ser a merda do teu bufo.
Ouvi dizer que tu e o Quinn tiveram um caso complicado.
- Acabei de entregar o relatório. - Sim, acabei de o ler.
Segundo o que consta no relatório,
o Quinn resolveu o caso praticamente sozinho,
e eu aqui a pensar na razão pela qual alguém que quer um distintivo
o deixaria escrever o relatório dessa forma.
Fui eu que escrevi a porra do relatório.
Não foi ele.
Ele obteve a confissão, portanto a vitória é dele.
A não ser que ele te tenha usado.
Estás a ver, ele é bom a fazer isso.
Tu és parceria dele, confias nele,
e depois, mais cedo ou mais tarde, questionas-te a ti mesma.
Quero dizer, ele é um tipo tão porreiro.
Não pode ser ele!
Tirando o facto de que a única questão que ele coloca é
como tudo lhe pode trazer benefícios.
Olha, pequeno almoço.
Obrigado por teres vindo.
Costumávamos brincar nesta praia, aqui mesmo.
Eu, o Ramon, o Oscar...
Parece divertido.
Tínhamo-nos uns aos outros.
Sempre tivemos.
Não importa a merda horrível que fizesses,
eles conheciam-te por completo, tanto o bom como o mau.
E estavam lá para te apoiar, contra tudo e contra todos.
Nunca tive isso.
Talvez tenhas sorte. Não o tiveste para o perderes.
Não ficarias com um vazio dentro de ti.
Não, ainda tenho alguns vazios.
Apenas encontro outras formas de os preencher.
Já tinha perdido o Oscar para as drogas muito antes de o terem assassinado.
E agora estou a perder o Ramon.
Não me posso iludir.
Ele não é de confiança.
É como se...
Porra, só me resta uma pessoa em quem posso confiar.
Tu próprio.
Estava mais a pensar em ti.
Não te preocupes. Sei que para ti não é fácil confiar.
É assim tão óbvio?
Bem, para mim.
Consigo perceber que estás habituado a guardar os teus segredos para ti próprio.
Costuma ser mais seguro assim.
Mas é um fardo dos diabos, pá.
Sabes, estou habituado a ter um irmão.
Dividir o peso.
Estou com esperança que tu também te habitues a isso.
Ser um irmão.
Ter um amigo.
Ter uma esposa, uma família.
A Fiona queria-o com tanta força que o inventou,
interpretou todas as partes ela própria.
Mas se interpretarmos um papel o tempo suficiente,
nos empenharmos mesmo a fundo,
será que se torna verdadeiro?
Poderei eu tornar-me verdadeiro?
Olá, Dexter.
Dexter?
Que surpresa, não telefonaste.
Está tudo bem?
Dexter, o que foi?
A minha vida sempre me pareceu uma
pergunta sem resposta.
Uma sequência de dias e noites, à espera que algo acontecesse, mas
eu não sabia o quê.
Porque é que ele está tão estranho?
Não sei.
Rita, nós estamos ligados.
Onde quer que eu esteja,
eu sinto-te.
E aos miúdos.
Comigo.
Vocês são o que me torna verdadeiro.
Eu quero que nós...
vamos sempre comer gelados fora.
E plantar de novo o limoeiro que insiste em morrer.
E eu não quero, nunca, nunca perder uma noite de pizza.
E é por isso que eu sei que quero casar contigo.
Porque algo tão simples como a noite da pizza é o ponto alto da minha semana.
Mas não sem os miúdos.
Cody, Astor,
vocês são a minha família.
Vou-me agarrar a vocês como se a minha vida dependesse disso.
Por favor, diz que sim.
Sim!
Sim, nós casamos contigo.
A maioria dos actores apenas permanece na penumbra,
nunca chegando a sentir as luzes do palco.
Mas se te aplicares de coração nas coisas
e trabalhares arduamente,
podes vir a dar contigo escolhido para o papel de uma vida.
Tradução: AMG, MnR, Maddix, pjsps8, DaRk_SoUl_DS, tellos0
Revisão: tellos0
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